Womyn's land

Womyn's land (neologismo literal do português: Terra das mulheres) é uma comunidade intencional organizada por separatistas lésbicas para estabelecer espaço contracultural focado nas mulheres, sem a presença de homens.[1][2] Este conceito é resultado de um movimento social de mesmo nome que foi desenvolvido na década de 1970 nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Europa Ocidental.[3][4] As moradoras das comunidades ligadas ao Womyn's land estão vagamente conectadas através das redes sociais, publicações impressas em jornais e revistas como Maize: A Lesbian Country Magazine;[5][6] além da Lesbian Natural Resources, uma organização sem fins lucrativos que oferece doações e recursos; assim como, reuniões regionais e locais.[7]

Womyn's land praticam várias formas de separatismo lésbico, uma concepção que surgiu como resultado do movimento feminista radical no final da década de 1960.[8] O separatismo lésbico é baseado na ideia de que as mulheres devem existir separadamente dos homens, socialmente e politicamente, a fim de alcançar os objetivos do feminismo.[9] Essas comunidades separatistas existem como uma maneira das mulheres alcançarem a libertação feminina, separando-se da sociedade patriarcal dominante.[10] Os homens não podem morar nessas comunidades, mas algumas terras permitem que os homens visitem.[4] Algumas comunidades proíbem crianças e parentes do sexo masculino.[4]

Womyn's land geraram uma ampla gama de críticas, a maioria das quais se concentra na falta de aceitação por muitas moradoras bissexuais e heterossexuais; a exclusão de mulheres trans; conflitos ideológicos com comunidades locais que incluem violência e ameaças de violência contra moradoras de Womyn's land;[11][12] e preocupações da comunidade local sobre a visibilidade lésbica expandida.[11][13] Exemplos atuais de Womyn's land incluem Hawk Hill Community Land Trust, HOWL, Susan B. Anthony Memorial Unrest Home (SuBAMUH) e Sugar Loaf Women's Village.[14] Posteriormente, estas comunidades estão enfrentando declínio à medida que os fundadores envelhecem e lutam para se conectar com as gerações mais jovens de mulheres.[4]

  1. Levy, Ariel (2 de março de 2009). «Lesbian Nation». The New Yorker (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2022 
  2. Ellison, Kate (30 de setembro de 2013). «Lesbian Intentional Community: "Yer not from around here, are ya?». Fellowship for Intentional Community (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2020 
  3. Cheney 1985.
  4. a b c d Kershaw, Sarah (30 de janeiro de 2009). «My Sister's Keeper». The New York Times (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2022 
  5. «Maize, A Lesbian Country Magazine». Woman, Earth & Spirit, Inc (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2022 
  6. «Maize». Lesbian Poetry Archive (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2022 
  7. Waldner, Lisa K; Dobratz, Betty A; Buzzell, Tim (2004). Rivers of ideas, participants, and praxis: the benefits and challenges of confluence in the Landdyke movement (by Sine Anahita) (em inglês). 13. [S.l.]: Emerald Group Publishing. pp. 13–46. ISBN 978-0762309917 
  8. Bess, Gabby (13 de outubro de 2015). «No Man's Land: How to Build a Feminist Utopia». Broadly (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2022 
  9. Shugar 1995, p. XI.
  10. Shugar 1995, p. 14.
  11. a b Lynch, Thomas P. (1995). «Camp Sister Spirit: A retreat under siege» (em inglês). 13 (2). Mediation Quarterly. pp. 151–163. ISSN 1536-5581. doi:10.1002/crq.3900130208 
  12. «Reno Sends Mediators To Mississippi As Lesbian-Run Camp Divides Town». The Washington Post (em inglês). 19 de fevereiro de 1994. Consultado em 12 de abril de 2022 
  13. Greene, Kate (2003). «Fear and Loathing in Mississippi: The Attack on Camp Sister Spirit» (em inglês). 7 (2). Journal of Lesbian Studies. pp. 85–106. ISSN 1089-4160. PMID 24815896. doi:10.1300/J155v07n02_07 
  14. Conti, Allie (18 de dezembro de 2006). «Who's Killing the Women's Land Movement?». Vice (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2022 

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